Com a praticidade do PIX, realizar transferências se tornou uma tarefa simples e instantânea. Mas essa mesma agilidade também traz um risco: o envio acidental de valores para a conta errada.
Se isso acontecer, saiba que há medidas imediatas que podem aumentar suas chances de recuperar o dinheiro — e procedimentos legais a serem adotados caso o destinatário se recuse a devolver o valor.
Neste artigo, explicamos passo a passo como agir, além de oferecer dicas para evitar esse tipo de erro no futuro.
Introdução: o problema do PIX enviado para a conta errada
Imagine o seguinte cenário: você digita rapidamente a chave PIX, confirma os dados sem muita atenção e, em segundos, o valor é transferido… para outra pessoa.
A partir desse momento, surge a dúvida: é possível reverter a transação? Como agir?
Esse tipo de situação é cada vez mais comum — e saber como proceder pode fazer toda a diferença.
Diferenças entre PIX e TED: compreendendo a reversibilidade
Antes do PIX, transferências via TED ou DOC podiam ser revertidas pelo banco em caso de erro, antes da efetivação.
Já no PIX, o processamento é instantâneo e irreversível.
Ou seja: uma vez confirmada, a transação não pode ser cancelada automaticamente pelo banco ou pelo Banco Central.
Assim, a responsabilidade recai sobre quem enviou o valor — e, dependendo do caso, será preciso recorrer a soluções voluntárias ou judiciais.
Primeiros passos: como identificar e contatar o receptor
✅ Verifique imediatamente o comprovante da transação, identificando a chave utilizada, o nome e os dados do recebedor.
✅ Entre em contato com o seu banco, informando o ocorrido. Muitas instituições possuem canais específicos para registro de erros no PIX.
✅ Se possível, tente entrar em contato diretamente com a pessoa que recebeu o valor, de forma educada e objetiva, solicitando a devolução.
Lembre-se: a boa-fé é fundamental nesse tipo de situação.
Etapa um: contato direto e solicitação de devolução
A primeira tentativa deve ser sempre amigável:
✔️ Explique o erro e solicite a devolução;
✔️ Envie o comprovante para mostrar a origem da transferência;
✔️ Aguarde um prazo razoável para que a pessoa se manifeste.
Muitas vezes, o recebedor é tão surpreendido quanto quem enviou, e aceita devolver os valores de forma espontânea.
📌 Atenção: o sistema PIX possui a função “Devolver” disponível na área do recebedor, facilitando a operação.
Etapa dois: aviso legal e boletim de ocorrência
Se o contato direto não surtir efeito e o recebedor se recusar ou simplesmente ignorar, a recomendação é:
✅ Registre um boletim de ocorrência na delegacia, informando todos os dados do envio e as tentativas de resolução;
✅ Considere comunicar formalmente a instituição financeira da pessoa que recebeu o valor, solicitando apoio;
✅ A depender do montante, busque orientação de um advogado para ajuizar uma ação judicial com pedido de devolução.
💡 Importante: reter indevidamente valores recebidos por erro pode configurar crime, como apropriação indébita (art. 168 do Código Penal).
Etapa três: gerenciamento de erros internos na empresa
Se o erro for cometido por um colaborador ou no âmbito empresarial, é fundamental:
✔️ Ter procedimentos internos claros para conferência de dados antes de autorizar transferências;
✔️ Treinar a equipe financeira sobre a irreversibilidade do PIX;
✔️ Adotar ferramentas de segurança, como validação dupla ou autorizações superiores.
📌 Empresas devem ter um protocolo de resposta rápida, especialmente quando envolvem valores significativos.
Conclusão: como resolver e prevenir
Embora o erro de PIX possa causar grande angústia, é importante manter a calma e agir rapidamente:
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Tente resolver amigavelmente;
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Se necessário, recorra às vias legais;
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Implemente medidas de prevenção para evitar novos casos.
O PIX é uma ferramenta eficiente, mas exige atenção redobrada.
✅ Sempre confira os dados antes de confirmar;
✅ Para valores altos, avalie a necessidade de confirmação adicional;
📢 Compartilhe este conteúdo com colegas, familiares ou sua equipe financeira — informação é a melhor forma de prevenção!