Você sabia que o iFood movimenta cerca de 0,5% do PIB brasileiro e é uma das empresas mais lucrativas e escaláveis do país? Enquanto muitos negócios lutam para crescer diante da alta carga tributária e dos encargos trabalhistas, o iFood adotou um modelo jurídico inteligente que mudou completamente sua forma de operar.
Neste artigo, vamos revelar como o iFood reduziu custos, cresceu exponencialmente e ainda conseguiu segurança jurídica para manter sua operação, mesmo com milhares de entregadores espalhados pelo país.
📌 O modelo que revolucionou o setor de entregas
O iFood não contrata entregadores via CLT. Em vez disso, adotou um modelo de parceria baseado em prestação de serviços como Pessoa Jurídica (PJ) ou autônomos, o que evita encargos como FGTS, INSS, férias e 13º salário.
Mas atenção: isso não é pejotização, pois o modelo foi cuidadosamente estruturado para respeitar os critérios legais de autonomia, sem gerar vínculo empregatício.
📌 A verdade sobre os entregadores e a CLT
A principal pergunta que surge é:
“Por que os entregadores do iFood não são funcionários?”
A resposta está nos princípios do Direito do Trabalho. Para existir vínculo empregatício, é preciso que haja simultaneamente:
1️⃣ Subordinação direta (receber ordens, chefe direto);
2️⃣ Pessoalidade (só a pessoa contratada pode executar);
3️⃣ Onerosidade (pagamento fixo, como salário);
4️⃣ Habitualidade (trabalho contínuo e fixo).
No modelo do iFood, os entregadores:
✔️ Escolhem quando querem trabalhar (sem jornada obrigatória);
✔️ Podem atuar para outras plataformas simultaneamente;
✔️ Recebem por entrega realizada, e não salário fixo;
✔️ Não estão subordinados diretamente a um gerente ou chefe.
Essa estrutura foi reconhecida como válida até pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que reforçou que não há vínculo de emprego, consolidando o modelo como juridicamente seguro.
📌 Como esse modelo beneficia entregadores e restaurantes?
✅ Para os entregadores:
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Mais liberdade para escolher quando e onde trabalhar;
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Possibilidade de ganhos variáveis conforme sua produtividade;
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Sem amarras burocráticas de contrato formal.
✅ Para os restaurantes:
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Mais agilidade e escala para atender pedidos;
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Redução de custos operacionais;
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Foco no crescimento e na experiência do cliente.
✅ Para o iFood:
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Operação escalável com base em tecnologia e dados;
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Redução drástica de encargos trabalhistas;
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Aumento significativo da lucratividade e competitividade.
📌 O segredo jurídico por trás do crescimento
O modelo do iFood mostra que nem todo trabalho precisa seguir o regime CLT, desde que seja bem estruturado. A empresa se apoiou em:
✔️ Contratos bem redigidos, com cláusulas claras de prestação de serviço;
✔️ Termos de uso e aceite bem definidos na plataforma;
✔️ Estratégia jurídica preventiva, com acompanhamento constante de advogados trabalhistas e tributaristas;
✔️ Uso intensivo de tecnologia, que permite a descentralização da operação.
Esse modelo inspirou outras empresas e mostrou que é possível reduzir custos sem fraudar a legislação trabalhista.
📌 Como aplicar essa estratégia no seu negócio?
Você não precisa ser do tamanho do iFood para aproveitar ideias semelhantes. Aqui estão algumas dicas práticas:
✅ Avalie a real necessidade de vínculo CLT antes de contratar;
✅ Considere a contratação de prestadores PJ, com autonomia real;
✅ Estruture contratos personalizados, que reflitam a realidade da prestação de serviço;
✅ Evite exigência de exclusividade, controle de jornada ou subordinação direta, para não correr o risco de caracterizar vínculo empregatício;
✅ Consulte um advogado especializado para revisar seus modelos de contratação.
🔚 Conclusão
O iFood não é só uma empresa de tecnologia — é também um exemplo de como estratégias jurídicas inteligentes podem impulsionar o crescimento de forma segura e sustentável.
💡 Se você é empreendedor e quer reduzir custos trabalhistas sem cometer erros legais, estude esse modelo, adapte à sua realidade e busque apoio jurídico qualificado.
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